quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A Biblioteca do Pluri-verso



A Biblioteca do Pluri-verso


Em 1984, A Revolução dos Bichos inaugurou um Admirável Mundo Novo. N'A Gramática do Tempo, A Condição Pós-moderna se tornou um pedacinho da Utopia Antropofágica.

Afinal, se Ser e Tempo não comportam a Fenomenologia do Mestiço, O Ser e o Nada jamais comportarão as Epistemologias do Sul. A Náusea só pode fazer uma Crítica da Razão Pura, mas as Memórias Póstumas de Brás Cubas fazem uma Crítica da Razão Tupiniquim.

A partir daqui, a Pedagogia da Autonomia, superada a Pedagogia do Oprimido, se torna parte integrante dos Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro.

E assim, As Meninas dizem Feliz Ano Velho, pois A Paixão segundo GH deixa os Morangos Mofados. 

Demian, O Estrangeiro, está Em Busca das Penas Perdidas: O Processo de sua juventude está preso n'O Castelo. Mas é na Colônia Penal de São Bernardo que um Dom Casmurro vive sua Angústia.

Os Sertões são a versão brasileira de 1492: o Encobrimento do Outro. Iracema e O Guarani são Os Filhos dos Dias. O Poderoso Chefão chama-se Zé Pequeno na Cidade de Deus.

Isto significa que A Formação do Brasil Contemporâneo deve muito a Casa Grande e Senzala, mas mais ainda a-O Povo Brasileiro. A República em que vivemos chama-se O Ornintorrinco. Eis a nossa Verdade Tropical.