Universidade Federal de Santa Catarina
Centro de Ciências
Jurídicas
I – IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA
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Nome
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Processo
Penal I
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Curso
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Direito
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Código
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DIR5724
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Número
horas-aula
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Ano
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2012.2
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Turmas:
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Noturno
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Dias e horários
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Professora/discente
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Alexandre
Morais da Rosa – Athanis Rodrigues
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II – EMENTA
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Projeta-se a possibilidade de se analisar
as propostas teóricas na produção jurídico-literária de Roberto Lyra Filho e
Luis Alberto Warat, na transição teórica
do direito como processo ao direito como interpretação, e a
possibilidade de fornecerem a crítica de algumas dimensões do processo penal,
sobretudo ao seu núcleo principiológico e ao sistema de produção de provas
que lhe é peculiar (na busca e/ou formulação de uma “verdade real”).
Justifica-se a proposta pela disseminação da obra destes dois juristas nas
Universidades brasileiras, reconhecidos nacionalmente pela importância de
suas exegeses e pela espistemologia tipicamente latinoamericana que marca
seus escritos.
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III – OBJETIVOS
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Objetivo Geral:
Fornecer
um panorama geral sobre a obra de Roberto Lyra Filho e Luis Alberto Warat, e
sua importância para a discussão processualística penal brasileira, nas
searas da principiologia e da produção de provas.
Objetivos
Específicos:
a)
Situar o as propostas analíticas de cada um dos
autores, separadamente, a partir das matrizes teóricas de cada um;
b)
Cotejar as propostas teóricas dos autores com a
dogmática penal vigente encontrada nos tradicionais cursos e manuais de
processo penal;
c)
Comparar as obras dos autores para verificar
no que se aproximam, no que se distanciam, e como aplicar estes conhecimentos
na discussão de modelos teóricos para o conhecimento do direito brasileiro,
bem como aplicá-los ao Processo Penal.
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IV – CONTEÚDO
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1.
O contexto sociopolítico e a biografia de cada
autor: sua importância teórica para o ensino e a aplicação do direito no
Brasil.
2.
Os marcos teóricos de Roberto Lyra Filho e Luis
Alberto Warat.
3.
Roberto Lyra Filho e o direito como processo. Luis
Alberto Warat e o direito como interpretação.
4.
A proposta lyra-waratiana como processo dialético
interpretação-intervenção. Qual modelo teórico serve ao Brasil?
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V – METODOLOGIA
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Aulas expositivas dialogadas, discussões em roda sobre
textos específicos dos autores e apresentação de vídeos.
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VIII –
BIBLIOGRAFIA
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Básica
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CUNHA, Rosa Maria Cardoso da; WARAT, Luis Alberto.
Ensino e saber jurídico. Rio de
Janeiro: Eldorado Tijuca, 1977.
LYRA FILHO, Roberto. Karl, meu amigo: diálogo com Marx sobre o direito Porto
Alegre: Fabris, 1983.
______. Por que estudar direito, hoje? Brasília:
Ed. Nair, 1984.
WARAT, Luis Alberto. O amor tomado pelo amor: crônica de um sentimento desmedido.
______. Os quadrinhos puros do direito. In: Territórios desconhecidos: a procura
surrealista pelos lugares do abandono do sentido e da reconstrução da
subjetividade. Coordenadores: Orides Mezzaroba, Arno Dal Ri Jr, Aires Rover,
Cláudia Monteiro. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2004. V. 1.
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Complementar
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FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. Tradução de
Laura Sampaio. 5. ed. São Paulo: Loyola, 1999.
______. A verdade e as formas jurídicas. 3. ed. Tradução de Roberto
Machado e Eduardo Morais. Rio de Janeiro: NAU, 2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo:
Paz e Terra, 2007.
______. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2009.
KAFKA, Franz. O processo. Tradução
Modesto Carone. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
LYRA FILHO, Roberto. O que é
direito. 17. ed. São Paulo: Brasiliense, 2006. (Primeiros passos, 62).
______. Para um direito sem dogmas. Brasília: Ed. Nair, 1984.
WARAT, Luis Alberto. A digna voz da majestade: linguística
e argumentação jurídica, textos didáticos. Coordenadores: Orides Mezzaroba,
Arno Dal Ri Jr, Aires Rover, Cláudia Monteiro. Florianópolis: Fundação
Boiteux, 2004. V. 4.
______. Territórios desconhecidos: a procura surrealista pelos lugares do
abandono do sentido e da reconstrução da subjetividade. Coordenadores: Orides
Mezzaroba, Arno Dal Ri Jr, Aires Rover, Cláudia Monteiro. Florianópolis:
Fundação Boiteux, 2004. V. 1.
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Filmes
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Muito além do Cidadão
Kane. Simon Hartog.
Ônibus 174. José Padilha, Felipe Lacerda.
O veneno está na mesa.
Silvio Tendler.
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